Assunto foi levantado depois do MPSC se manifestar sobre lei municipal e após ataque no RS
O tenente-coronel João Carlos Kuze, comandante do 14º Batalhão de Polícia Militar, opinou sobre a lei municipal que prevê a instalação de portas giratórias nas escolas de Jaraguá do Sul, como medida de segurança. Segundo Kuze, o equipamento, assim como qualquer outro dispositivo de restrição de acesso, apresenta vantagens e desvantagens.
“É um equipamento que, por restringir o acesso, tende a ser eficaz até certo ponto. No entanto, se essa barreira for burlada, pode dificultar a evasão, que é uma das opções em situações de combate. A maioria das pessoas, exceto aquelas treinadas ou com bravura inata, tem o instinto de fuga quando enfrentam uma agressão”, explicou o comandante.
Kuze destacou que a implementação de portas giratórias pode ser positiva, especialmente se acompanhada de melhorias nas proximidades e pontos de acesso. Contudo, ele enfatizou que o sucesso da medida depende da gestão do processo.
“Vai depender de quem está conduzindo, da política de liberação para quem for barrado e de como será feita a verificação. Tudo isso exige um processo bem estruturado para funcionar da melhor forma”, pontuou.
O comandante reconheceu a intenção da lei de proteger crianças, adolescentes, professores e todos que frequentam o ambiente escolar. Ainda assim, alertou para as implicações de medidas que controlam o acesso, reforçando a necessidade de uma aplicação cuidadosa. “Como toda restrição, isso traz desafios que precisam ser bem gerenciados”, concluiu.
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