A fiscalização constatou a retirada de vegetação nativa, incluindo áreas de preservação permanente ao longo de rios
A Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) aplicou R$ 77 mil em multas após identificar a supressão irregular de mais de 4,5 hectares de vegetação nativa na localidade do Garibaldi, área rural de Jaraguá do Sul.
Parte da intervenção ocorreu em Áreas de Preservação Permanente (APP), próximas a cursos d’água, fundamentais para a manutenção da qualidade hídrica que abastece grande parte do município.
A fiscalização foi realizada em julho de 2025 e constatou a retirada de vegetação nativa, incluindo áreas de preservação permanente ao longo de rios. A supressão de vegetação em APP compromete a estabilidade do solo e a qualidade da água, trazendo riscos diretos para o equilíbrio ambiental e para a segurança hídrica da população.
Os fiscais identificaram o corte de árvores e a abertura de acessos que impediram a regeneração natural da vegetação. A ação resultou em embargo imediato das atividades e na determinação de apresentação de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) em até 30 dias, além da aplicação de multas que somam R$ 77 mil.
De acordo com a Fujama, o caso reforça a importância da fiscalização ambiental proativa no município. As ações contam com o apoio de tecnologia de monitoramento, como drones e imagens de satélite, que permitem identificar áreas de desmatamento de difícil acesso e situações em que não há denúncias formais registradas.
Mesmo em áreas remotas, a Fujama consegue identificar desmatamentos ilegais por meio do uso de imagens de satélite e drone, o que garante maior efetividade no combate a crimes ambientais e proteção dos recursos naturais. A Fundação lembra que a proteção das áreas de preservação permanente é essencial para garantir a qualidade da água e a manutenção dos serviços ambientais que beneficiam toda a população de Jaraguá do Sul.
Além disso, ressalta-se que as florestas locais fazem parte do Bioma Mata Atlântica, um dos mais ricos em biodiversidade do mundo e também um dos mais ameaçados. Proteger esses remanescentes é fundamental para assegurar não apenas a conservação da fauna e flora, mas também os recursos naturais que sustentam a qualidade de vida no município.
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