“Chega de valorizar o Joãozinho” com Paulo André Leszczynski

Confira a coluna em áudio e texto

Sabe o Joãozinho, aquele menino bagunceiro, “aprontador”, que não faz nada certo. Que perturba nas aulas, que é mal educado. Ele é pauta da reunião da APP da escola, é conhecido por todos os professores, chega até a ser famoso no colégio.

Ele é bom aluno? Não, claro que não é. Mas toma um tempo enorme de muitos da estrutura e fica em evidência, como se a estrutura vivesse para atende-lo em suas peraltices.

E o melhor aluno da sala, ah…seu nome até é lembrado, mas não tem a mesma relevância que o Joãozinho tem. Por quê? Porque se privilegia quem atrapalha e não quem faz certo.

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Alguma correlação com a empresa? Sim, total. Quanto tempo precioso das empresas, não se gasto com colaboradores, que não cumprem regras, que chegam atrasados usando das mais esdruxulas desculpas. Quanto do tempo do RH e das lideranças não é desperdiçado com quem não produz, com quem não trás resultado. Pelo contrário, só atrapalha?

Um tempo enorme, para criar uma forma de enquadrar o sujeito, para que ele possa ter uma nova chance, para que ele isto ou aquilo. Num conceito de assistencialismo social piegas. Ou seja, perde-se tempo com quem não representa resultado. A cultura de valorização do Joãozinho do colégio se fazendo presente.

E com o bom colaborador, com a pessoa que produz, que faz certo? Por vezes nem se fala com ele, afinal de contas esta pessoa está produzindo e é melhor que continue pois já temos problemas demais com quem apronta.

Dá para entender uma lógica ilógica destas? Não!!! Definitivamente não! Aí chega o momento que este colaborador que sempre atende aos resultados, que produz, avisa que recebeu um convite de outra empresa, ou que está pedindo demissão. Meu Deus!!! Fulano vai sair, o que vai se fazer???

Aí a empresa vai querer dar importância para este colaborador, oferece aumento, quer cobrir a oferta da outra empresa e outras artimanhas… Mas aí já é tarde, afinal de contas a empresa estava preocupada com quem não fazia e perde um excelente colaborador, por falta de cuidado. 

Chega de valorizar quem não faz certo, valorize quem trás resultados. Pense nisto: [email protected].